sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Comer, rezar, amar

Sim, é um best-seller. Não, não tem nenhuma complexidade literária.
É apenas a história da jornalista Elizabeth Gilbert que, recém-divorciada e em crise existencial, decide passar uns tempos viajando pela Itália, Índia e Indonésia.
Em cada um destes destinos, uma aprendizagem: o prazer por meio da comida, a devoção, o amor.
O que era para ser trivial e simplista consegue se tornar interessante. A busca de si mesma como descoberta de Deus. Ou a busca de Deus e a descoberta de si mesma.

A maioria de nós, mesmo que apenas por dois minutos de nossas vidas, vivenciou em algum momento uma sensação inexplicável e completa de total contentamento, em nada relacionada ao que acontecia no mundo externo. Em um instante, você é apenas uma pessoa normal, arrastando-se por sua vida mundana, e então, de repente — o que é isso? — nada mudou, e, no entanto, você se sente tocado pela graça, inflado de assombro, transbordante de felicidade. Tudo - absolutamente sem nenhum motivo — está perfeito. É claro que, para a maioria de nós, esse estado passa com a mesma rapidez com que chegou. É quase como se lhe mostrassem sua perfeição interior para provocá-lo, e em seguida você cai de volta na "realidade" muito depressa, desabando encolhido outra vez por cima de todas as suas antigas preocupações e desejos. Ao longo dos séculos, as pessoas tentaram se agarrar a esse estado de perfeição e contentamento por meio de todo tipo de recurso externo - drogas, sexo, poder, adrenalina, acúmulo de coisas sem importância -, mas ele não se mantém. Nós buscamos a felicidade por toda parte, mas somos como o mendigo da fábula de Tolstoi, que passou a vida sentado em cima de um pote de dinheiro, mendigando centavos de todos os passantes, sem saber que sua fortuna estava bem debaixo dele o tempo todo. O seu tesouro - a sua perfeição - já está dentro de você. Porém, para acessá-lo, você precisa deixar para trás o frenesi da mente e abandonar os desejos do ego, e adentrar o silêncio do coração.

(Essa passagem pode fazer parecer se tratar de um livro de auto-ajuda, mas na verdade, está mais ligado às tradições orientais de reconhecer a divindade do Ser em cada ser)

O filme estrelado por Julia Roberts também promete.



Eddie Vedder, sempre garantindo belas trilhas sonoras.



Better Days
(Eddie Vedder)

I feel part of the universe
open up to meet me
my emotion so submerged
broken down to kneeling
what's listening?
voices they care
had to somehow greet myself
greet myself
heard vibrations within my cells
in my cells
singin' laaa
my love is saved for the universe
see me now I'm bursting
on one planet so many turns
different worlds
singin' haaa
fill my heart with discipline
put there for the teaching
in my head see clouds of stairs
help me as I'm reaching
the future's paved with better days
night runnin' from something
I'm running towards the day wide awake
all whispered once quiet
now rising to a scream right in me
I'm fallin'
free fallin'
world's calling me up off my knees
oh, I'm soaring
yeah, and darling
you'll be the one that I can need and still be free
our future's paved with better days

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